No Dia do Alimento, o especial Áster Chef 2025 celebra o agro, a família e o legado do campo.

Em um encontro emocionante, produtores e seus sucessores compartilham histórias, preparam receitas tradicionais como arroz carreteiro, porchetta e torta de maçã, e refletem sobre o papel do agro na vida das pessoas.

Assista e se inspire com essa homenagem ao campo e à força do agro!

Hoje, no dia do alimento, celebramos a força do agro e o papel essencial do produtor rural, que garante não apenas alimento na mesa das famílias, mas também o progresso da nossa economia e a sustentabilidade do planeta. [Música] Olá, como é que vai, Roberto? Bem-vindo. Obrigado por terem aceito esse convite. Obrigado. Vai ser muito legal esse bate-papo nosso aí pra gente conversar um pouco sobre a importância do agro e da produção de alimento. Eu sou um apaixonado pelo agro, né? Eu nasci na roça, sou descendente de italianos, né? para avós italianos e nasci num sítio e foi ali que eu criei toda essa paixão pelo agronegócio. Fiz agronomia e trabalho no agro há 45 anos e sou muito apaixonado por isso. Eu gosto de ouvir histórias dos esbravadores e daquelas pessoas que contribuem com a alimentação do mundo, que realmente leva comida pra mesa de milhões ou bilhões de pessoas ao redor do mundo, né? Porque se pensar assim, há 50 anos atrás, o Brasil importava comida. Hoje nós exportamos comida para mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo aí. E vocês fazem parte desse negócio. Então eu gostaria de ouvir um pouco a de onde veio o Sandro. Vamos começando por você. De onde é que veio a família? Origem, que origem que é, se veio do Sul, se seus avós e e bisavós vieram de onde e como é que começou essa paixão pelo agronegócio. Muito bem. Eh, inicialmente, né, cumprimento, né, a todos, né, o convite também da gente poder representar eh muitos agricultores, né, eh, é uma agradecimento, né, uma honra, né, poder estar representando todo mundo. E a origem da gente, a gente tá entre quarta e quinta geração de imigrantes, né? É, principalmente italianos, né? E a gente tem se estabelecido em Estrolândia, né? Mas a a minha naturalidade é do Rio Grande do Sul. Hum. Da pequena cidade de Maral, aonde que eu morei lá até 18 anos de idade. Maral fica perto de onde? Perto de Passo Fundo, né? Passo Fundo, sim. Aham. É. E aí a gente teve a oportunidade de vir trabalhar primeiro como arrendamento em Cidrolândia, Mato Grosso do Sul. E 3 anos depois o meu pai veio também. Ah, né? Você veio novo? 18 anos. 18 anos de idade. Olha só. Sim. E aí depois disso teve teve a chance do meu pai acabou deixando os avós dele lá, né? Meus meus avós, pais deles. Aham. E nós acabamos fazendo um grupo ali também com a família, né, com meu irmão mais novo. Ah, meu pai, minha mãe também. Uhum. E aí já tínhamos alguns parentes ali, né, por parte da minha mãe. E aí a gente continuou dando sequência, né? Olha só. Exatamente. São quantos irmãos na família? São somente dois irmãos. Ah, são somente eu e meu irmão mais novo, 7 anos mais novo, o Cloves, né? Ah, tá. E hoje vocês cultivam o que lá? É soja no verão, né? Soja no verão, que é o padrão. É. E o milho no inverno, milho safrinha. Ou seja, a família tradicionalmente veio do agronegócio já desde antigamente. Sim. Sim. E o pessoal que veio da Itália também trabalhava com agronegócio na Itália ou não? Eh, a gente tem, a gente teve por parte da minha mãe, o meu avô, ele tinha um comércio lá. Ah, tinha um armazzão grande na Itália. Não, não, aqui, aqui, aqui é meu avô, né? Tá, tá. E por parte do meu pai, eles também era o pessoal de todo mundo do campo. Ah, legal. Todo mundo da agricultura. No começo agricultura de subsistência, né? Aham. Que era basicamente plantar para se conviver, para se alimentar, para produzir pra família. E o excedente era vendido, que é bastante diferente da agricultura moderna de hoje, né? É. E o começo ali em cidrolando deve ter sido difícil, né? Porque não tinha infraestrutura. Eh, quando eu cheguei ali já existia energia elétrica, mas a nossa a nosso eh estrutura que a gente tinha como arrendamento não tinha. Ah, então assim vai indo, né? Eh, o asfalto era muito pouco na região ainda, né? É. E foi evoluindo, né? Hoje já temos já um bom conforto, temos uma boa situação, né? Aham. Mudou muito, né? Ah, sim. tecnologia ajudou bastante, como tudo foi evoluindo na natureza, na assim, a gente também foi evoluindo também, né? É, Roberto, conta um pouquinho da tua história para nós aí. Eu sei que você tem uma história bastante interessante também. Gostaria de ouvir um pouquinho origem da família Choqueta e que chegou quando em Campo Novo, como é que foram os desafios iniciais ali? Bem, a gente primeiramente obrigado pelo convite, né, de poder estar participando desse evento, mas a gente começou, no caso, a vinda da família também é da origem italiana, né, aonde os bisavós vieram. Tudo tibona gente aqui, tudo italiano. Sim. A minha bisavó, ela caiu no mar na época que veio. Ah, brincar que estavam vindo de navio, né? Aí diz que foi resgatado por um os tripulantes ali conseguiram resgatar ela, né? Ela sempre comentava, eu não cheguei a conhecer, que se não fosse por, ela falava italiano, um bruto do negrão, né? Que era um um que salvou naquele tirou do mar, senão não existia essa família tão numerosa que a família Choqueta é aqui no sul ela é bastante numerosa, né? Então, a a família paterna também, assim, se meu meu avô, ele sempre foi pro produtor e tinha um comércio. Aham. A vinda deles foi de Erechim, do Rio Grande do Sul. Ah, né, para Pato Branco, no Paraná, de Caroça. Aham. 46 dias de viagem. Nossa. Com uma criança com 3 anos e outra com um ano e meio. Não, 40 dias, desculpa. 40 dias. Barbaridade. Isso foi a vinda onde que começou. Olha a dificuldade que era isso. Ah, sem dúvida, né? De carroça e ali era tudo araucária, né? Então foi o quarto, a quarta família, digamos, que se instalou na cidade de Patrã. Você imagina assim, 40 dias de carroça dormia onde? Fazia um ninho faria. O pessoal costuma fazer, faz o ninho, capinho, coisar ou alguma coisa, porque tinha que trazer mantimento. Então, de Pato Branco, a união da vitória ele ia de caroça, então levava banha, carne seca e trazia outros alimentos que na região não tinha e fazia os arroz ali carreteiro. Não sei, não sei te falar o que que com o que você passava. Na verdade, você produzia tudo o que se consumia, praticamente tudo era produzido. Que nem a gente, eu nasci no Rio Grande do Sul até os 8 anos de idade, né? Aí a família veio para Pato Branco. Nós somos aí numa família de sete irmãos. Meu irmão mais velho já faleceu há tempo, já anos. E a gente veio a mudando de Aham. Meu pai conseguiu uma área de terra ali, é pouca terra, 20 alqueiras, onde ele criou uma família de sete filhos com 20 alqueiras de terra. Tá lá até hoje uma morada coisa linda, né? Olha só, ele já tá com 93 anos o mês que vem. Mora lá, mora em Pato Branco. Que beleza, hein? 93. 93. Minha mãe faleceu aos 80. Aham. Então é uma família de sete irmãos e a a vida nossa sempre foi no agro, na agricultura colônia, porque sempre você falava, tudo era colono. Antigamente você falava, não se falava em agricultor, produtor, rulado e veio, veio crescendo. Do colono, veio o agricultor, daí veio o produtor rural, aí vem o o o empresário rural e hoje produtor de alimentos. A gente considera assim, né, que exatamente a evolução, né, da É, é o que contribui com a alimentação do mundo aí, né? Exatamente. E como é que foi a tua vinda pro Mato Grosso? A minha vida foi eu lá, na verdade, meu pai com 20queiros de terra e sete irmãos, não tinha muito como a gente tinha vontade de crescer, mas não tinha. Ah, né? Sempre foi aquela dificuldade, né? De de tudo. Eu não consegui estudar praticamente. Hum. Eu tinha 12 anos de idade, eu fui numa cidade vizinha, próxima, numa família de parente. Aham. onde tinha eram 12 10 filhos e todos ali era uma chácara do lado da cidade. Então eu tinha que levantar 5 horas da manhã que eles tinham leitaria. Aham. Aí depois 1500 m que era o colégio para ir e eu dei de cara com inglês, não me acertei com inglês. Aí aí deu mês de maio, era uma dificuldade danada. A gente tinha que era tudo no braço, né? A gente não tinha assim muita, não tinha tecnologia. trabalhar. A gente tinha, imagina você tinha lá seis gurias que dava que elas davam curso de culinária e um fogão a lenha e a lenha tudo cortada no machado e era eu que fazia tudo isso. Barbar. Aí chegou o mês de maio, eu fui embora. Cheguei. Quantos anos? 12. 12 anos. É porque não tinha para onde eu ir. Na cidade era sempre moramos no interior, né? No Rio Grande do Sul a gente saiu com 8 anos, né? Mas com 5 anos de idade a gente já trabalhava. Aham. Não tinha como, era as tarefas, era, tinha que ir com 8 anos e a gente tinha todas as funções. Meu pai chegava caroça carregada, você tinha que descarregar nas horas do meio-dia, depois nós tinha que ir na aula, né, de tarde. Então tudo era a tarefa desde os 8 anos de idade. Então a gente viveu isso a vida toda. Eu não me não me sinto assim num outra função praticamente num outro modelo de trabalho. Isso não te fez nenhum mal, né? Não, n as dificuldade toda. E como tu falou, como aconteceu a minha vinda? do Paraná pro Mato Grosso. Aham. Tinha um irmão que já vendia trator na época em Tangarada Sera. E ele sempre vendo a gente o que fazia lá, né? Porque lá a gente fazia horas de trator e tudo para arrecadar o para sobreviver melhor e tá o meu o meu gan prestação de serviço. Então nós não tinha horário, saía 5 horas da manhã, voltava meia-noite, no outro dia cedo de novo e era um ritmo forte. É, sempre foi, é, a minha vida, no caso, sempre foi um ritmo bastante acelerado nesse lado. E aí, meu irmão um dia ele falou, diz: “Ó, Roberto, tem uma área de terra paraa frente de Campo Novo, 100 km, tem um trator CBT e tem uma casinha de madeira”. Eu digo, você matar para quê, né? Aqui tá mais ou menos ainda dá para viver melhor. Eu não vou. É, uma hora que aparecer uma área melhor, eu sou um pouco mais viável, a gente conversa. de lá uns tempo ligou, eu tinha um lugar onde que tinha uma um comércio que era onde eu recebia as notícias dele porque não tinha telefone, não tinha assim como que morava no interior, né? Aham. Aí ele falou: “Desor Robberto, eu tenho uma área de terra, tem um trator Ford, eixo alto, 6610 com dois anos de uso, uma plantadeira, uma semeadeira gão, duas gradas e um carretão e uma casa de madeira até boazinha”, dizendo e um barracãozinho de madeira. Mas fica, fizeram uma ponte nova no rio tal, fica a 45 km da cidade. Isso aí estava com quantos anos? 29. Ah, solteiro ainda. Aí ele falou: “Você tem 5 minutos para me dar o qu? Se tu vence, não, vou procurar um outro sócio”. Aí eu digo, eu vou. Não precisa 5 minutos, não. Eu vou. Aí eu levei um uma semana para contar pra namorada, mais duas semanas para contar pra minha mãe, né? E aí digo, vamos encarar isso, né? Aí vim sozinho de ônibus, vendi meu carro a que eu tinha um scorte na época, um scorte L, vendi esse carro para a pagar o frete do calcário do primeiro ano, né? Bárbaridade. Aí eu tinha um irmão que tinha dois caras, um era um dojinho polar, daí eu acabei ficando com esse dojinho. E não tinha asfalto daqui para Campo Novo. Tinha nessa época já tinha até a Tangarada Craati praticamente já tinha 86 que eu vim para conhecer e e aí nós chegamos na fazenda do lado que eu planto essa fazenda hoje também. Ah, né? Do lado da onde que a gente veio. Então coincidência, né? Olha aí. E aí depois a o asfalto de nosso tempo começou progredir um pouco, começou a andar e e aí nós tivemos um pouco de estrada, mas dava 200 km da cidade, né? De Tangarada Serra até a fazenda na época pelo caminho que nós ia pro Campo Novo do Parecis. E hoje você cultiva o que lá em Campo Novo? A cultura, a cultura principal é a soja, né? a área toda onde a gente é produtor de semente e milho é a segunda. E nós temos sempre algumas outras culturas novas, como agora nós temos a carinata. Ah, carinata é é uma uma planta que é ela vai ser destinada para para combustível de avião. Olha aí, nunca nem conhecia. Tá colhendo nó, né? No momento tá colhendo ela, né? Então é estudo ainda, então a gente vai analisar, você vai, porque é uma uma planta que se decolar aqui a para consumo, de consumo de avião, ela ela vai pegar força, né? Pode ser que venha ser uma cultura assim de interessante. Ô Sandro, me fala um pouco eh do papel da família nessa labuta diária da da lavoura, né, das fazendas, do cuida, do agronegócio. Eh, qual que é o papel fundamental da família para que vocês tenham sucesso na operação? E e quais foram as principais dificuldades que você enfrentou no início, quando você veio pro Mato Grosso do Sul ali? É, eu tinha alguns familiares, né? Tinha alguns tios, os avós por parte de mãe moravam na cidade, né? E a gente teve teve um apoio sim, né? Essa parte. Mas eh depois aí veio meu pai, minha mãe, né? Depois uns 3 anos. E aí a gente se aglomerou, agrupou novamente, né? Aham. E nisso daí você cria mais estrutura. Uhum. Isso cria mais eh força, né? É muito muito importante porque no caso, principalmente da agricultura, eu acho que o seu Joqueta, vocês também concordam, eh, você precisa de uma integração para você inclusive ter a sucessão também, né? Isso é importantíssimo. Sim, né? Porque é muito diferente você ter um herdeiro e você ter um sucessor. É isso aí. São coisas completamente diferentes. É. E na agricultura para você formar um sucessor, você tem que formar desde pequeno. É, você não consegue formar um sucessor lá com 18 anos. Vamos vir pra fazenda. Já não, já passou. É, tem que se tem que se tem que ter paixão pelo negócio. Além de você ter o o pé na terra, vamos falar assim, você precisa ter esse esse envolvimento, esse essa formação de ser objetivo, de ter foco, de ter visão, de ter todo o crescimento em cima, né, do E você levavas, você tem duas meninas, sim, desde o início das pequenininhas na fazenda já para para acostumar no começo, quando elas eram bem pequenas, é, tinha aquelas cadeirinhas de criança de madeira Aham. Eu colocava uma de um lado do do trator, outra do outro lado, andavam junto. A esposa levava elas no colo também, sabe? Desde pequeno também. E principalmente época de colheita, né? Aham. E eu até hoje sou operador de colhedeira lá. Eu vi, você mandou uns vídeos para mim. É, inclusive. E eu acho que o importante também, não sei se vocês concordam, mas o importante também para que para que eles eh peguem gosto pelo negócio, pela profissão do pai e não reclamar, né? É tipo, porque se a gente começa a reclamar demais, é, você faz agronomia, o filho quer fazer direito, né? Acho que é importante isso também para mostrar a importância do agronegócio para a população, paraa produção de alimento. Acho que isso é importante também, não? Sim. É, a a agricultura ela tem muitas dificuldades e cada ano muda, né? As dificuldades, os os é uma indústria céu aberto, né? Ah, literalmente. É, e tem tem muitas variáveis que a gente não controla, a gente tem que se adaptar às realidades que sim. Que vem, né? E a gente sim tenta mostrar o lado mostra as dificuldades, a gente vive isso, né, no campo. Sim. Aham. E a gente também mostra que isso também tem solução, né? Isso também tem jeitos de você adaptar. Só que tem que ser extremamente administrativo, tem que ter boa gestão, tem que ter uma visão de de situações, né? Aham. Tem a experiência conta muito, né? E assim a gente vai tentando passar, vai tentando superar, vai tentando administrar isso, né? Assim, né? Hoje as suas duas filhas já estão te ajudando, participando do negócio. Sim, sim. É. Ah, as duas sim participam. Eh, de maneira efetiva também. Aham. E tá caminhando bem, sabe? É que coisa boa, Roberto. Eu sei com os dois guri, que já não são mais guri, né? Alexandre e Marcelo, estão na lida diária com você ali. Como é que você preparou os dois para para esse processo de sucessão na fazenda? Quais foram os os principais desafios? Que que você pode dar de lição ou de orientação? como o Sandro falou agora a pouco, por exemplo, que você tem que falar pros filhos das dificuldades, mas que existe solução, né, para que eles não se não desanime também em relação ao agronegócio, que eu sei que é um que é difícil, tem várias variáveis aí que a gente não controla. Como é que você preparou o Marcelo e e Alexandre para est nessa nesse processo de sucessão que hoje eles estão garrado lá? Pois é, na verdade a gente eles ter tiveram sempre um bom exemplo, né? Aham. assim, um o nosso o nosso modelo quando eles eram mais crianças, a gente teve assim muita dificuldade pelas distância, fazenda 200 km de casa. Ah, eu fui até um bastante ausente pela dificuldade que era, né? Você não tinha como, mas ficava 15 dias sem ver. É. Aí quando vai morar pra fazenda, depois precisa de escola, volta. O Alexandre com três meses que nasceu no no Paraná, a gente já veio morar definitivo para Campo Novo. Então ficou um tempo mais junto, depois pisou de escola. Daá tr anos veio o Marcelo com s dias estava morando na fazenda. Alexandre perdeu aula um uma temporada para acompanhar, não tinha, era a dificuldade era bastante grande nesse lado. Então o restante o o modelo que a gente criou eles, na verdade foi sempre no meio de trabalho mesmo. É, então vendo o que a gente faz, né? Foram, foram pegando gosto, né? Na verdade, os dois penderam para uma vez eu pedi pro Alexandre, era moleque aí de 12, 13 anos, o que que você vai querer, que faculdade que você vai querer fazer? Diz ele, eu quero fazer faculdade de tratorista. Se você vai ver hoje precisa, né, pelo hoje pela modernidade da coisa, precisa hoje precisa ser preparado para sofre muito com um funcionário que não tem a uma formação, né, um estudo melhor, então sempre acaba incentivando por esse lado, né, dando oportunidade também. Então, já que escolheram os dois, escolheram a agronomia e vieram e estão dentro do negócio. Cada um tem as suas funções, né? É, eu, a parte burocrática mais fica por lá com Alexandre, né? Eu sou operacional, sempre fui quando eu era sócio com meu irmão, 17 anos, eu sempre fiz o operacional. Então, hoje você distribui em três as funções. Você tá na operação, Alexandre na gestão e o Marcelo na área de de produção. Eu patrono financeiro. É. É. Aí, então foi o que a gente pegou por isso, porque sempre o incentivo vem primeiro o que você fez, o que você faz e o que você é que cativa um pouco, né? É o exemplo, né? É exatamente. Você pega, hoje eu tenho um netinho com 7 anos, o quando ele complotou completou 7 anos, ele ganhou um trator de presente, mas um trator de verdade. É, eu vi. É um trator de 38 CV traçado. É, né? Diz. Ele falou um dia, vou dar para colocar a gabina nele, digo, não, nesse aqui não. Esse aí é para você aprender. E depois, mas um moleque que chega a ficar 7, 8 horas comigo, como ele também é operador, eu sou operador, é fanático, eu gosto disso, planto, faço qualquer operação com maquinário, né? Então a assim como você, Sandro, Roberto é operador de máquina dos bão. Ah. Aham. Eu tenho áreas ali que com onde que a gente começou, é, né? É um talhão de 420 qu ha. Todo ano eu colhi nessa área. Desde a primeira safra que eu colhi sozinho. É uma máquina locada. Aham. Ah, até hoje eu sempre colho. Eu sou operador do começo ao fim na soja. Milho já é menos máquina. Então tem pessoal também mais assim, eu vou menos, né? Porque tem a concentra as outras as outras coisas. É, mas a operador eu eu gosto disso, eu gosto de ver render o serviço, gosto de fazer da mesma maneira tá no sangue, né? Os dois gostam. Sim, sim. E aí os dois, o Alexandre, ele até dois anos atrás ele colia, hoje ele não tem muito, muitas muitas outras coisas que tem que, já que é nós que dominamos tudo praticamente, então tem que ter distribuído alguém. É, exatamente. É, então cada um tem a sua função hoje. Aham. E a tecnologia, como é que foi dessa adoção de tecnologia que evoluiu muito, né? Você tava falando agora a pouco que quando você veio para cá falaram: “Tem um CBT ali que CBT foi o que desbravou o cerrado, né? Foi um CBT ou um Ford de eixo alto, né? Que cabine, esquece, poeirão na cara. Hoje a tecnologia mudou radicalmente esse esse cenário, né, Roberto? Como é que você sente isso hoje? Sem dúvida. quando eu tava no Paraná, que eu comentei até hoje, vocês dois vivenciaram vivenciaram tudo isso, né? Sim. A minha plantadeira era de três linhas, né? Então hoje você já tá com ali tem lugar ali que já tá um 72 linhas, né? Com uma precisão que você não precisa dirigir. A gente vivia em cima de máquina, né? Às vezes chegava de manhã em casa, virava o dia e à noite, chegava em casa, tinha que dormir de botina que não conseguia tirar, que enchia, inchava os pés, né? Quantas vezes dormir num colchão ali, às vezes não tinha água porque se usava 6 anos a água do rio é uma beleza que lá é água transparente, mas 6 anos foi para tudo água do rio, né? Então para hoje você tem, aperta um botão, tá água ali, né? Então tá. Olha, essa essas histórias são muito emocionantes de ouvir, né? Você vê em algum momento dessa trajetória vocês chegaram a pensar pensar em desistir? Fala: “Pô, não dá mais. Deus me livre, é muito serviço”. ou não, não, não, não tem chance não. É, é aí que é a formação desde pequeno, desde criança. É, a gente se foca desiliência, é, é muitas dificuldades a gente já passou, enfrentamos diversidades de clima, de de tempo, de dificuldades, de governos e a gente persiste, né? É, tem. Se tá no sangue, você não sai, não pode tá rendendo pouco, digamos, há um ano que é bom, beleza, ter levanta, né? De repente você tem uma frustração, aí você administra, porque você sabe, você vai plantar do mesmo jeito e é cíclico, né? O jeito do outro se planta. É, mas a gente sabe que o agro é cíclico. A responsabilidade é muito grande, né? Introduzir o alimento, né? Então não tem como. É, é, é uma, é uma profissão maravilhosa que a gente, eu sempre falo pra equipe assim, ah, vocês não trabalham com venda de máquina, de peça, de serviço. Vocês contribuem com o produtor rural para alimentar o mundo. Esse é o teu papel principal para que eles comecem a entender a importância do trabalho que eles estão fazendo lá na ponta para poder entregar para vocês também a melhor experiência com as máquinas da John Deere, que isso é muito importante pra gente, não é? Muito bom. A conversa foi muito boa, né? Deu para entender bem aí sobre o agronegócio e os desafios que vocês enfrentaram e as entregues que estão fazendo a partir de agora. Mas tá dando fome, né? Está na hora de cozinhar e para cozinhar a gente precisa se preparar. Então acho que é bom a gente ir lá pra cozinha para se ajeitar, para começar a preparar que eu quero ver o o Roberto dar o show dele agora na cozinha ali. Roberto é o cozinheiro oficial da Agriow. Quando nós vamos lá pr Agowa numa chácara que a gente aluga lá, Roberto é que é o cozinheiro oficial lá. Então nós vamos ver hoje os dotes culinários do Roberto. Bora lá, Roberto. Hora do show. um avental para você cozinhar aqui. Eu vou te ajudar a amarrar ele aqui atrás para facilitar. Eu quero ver agora você dando show na cozinha aí, fazendo essa porqueta e esse carreteiro maravilhoso que você sabe fazer muito bem. Olá, [Música] eu tô aqui para preparar dois pratos especiais ali, uma porqueta, que é uma receita italiana, uma fraldinha com carreteiro de fraldinha, né? E eu vou usar os seguintes ingredientes, que vai o bacon, o salsão, a vage, a batata salsa, a evilha e a cenoura que vai ser refogado, né, para depois fazer o processo. OK. Eu vim aqui agora usando um avental para poder entrar na cozinha, Roberto, mas não vou te ajudar não. Só vou assistir que eu tô até com água na boca aqui de vontade de comer esses quatro que você vai fazer aí. OK. Mas eu não vim sozinho, eu trouxe a minha as sucessão, meus filhos aí, o Alexandre e o Marcelo para dar uma mão pra gente aqui. Bom, pessoal, vamos dar início aí a nossa atividade de hoje. Vamos distribuir aqui as as funções. O Marcelo vai fazer esse trabalho aqui, vai preparar a batata, salsa, cenoura e ervilha. E o Alexandre pega essa aqui a vage, lava também. E tira as pontas. Redondo. Redondinho. Isso não. 1 cm. [Música] Então nós temos aqui a plateu Sandro que é lá de Cidrolândia, produtor rural de Cidrolândia, Amanda sucessora e que vai fazer uma sobremesa maravilhosa pra gente, cultura agrônoma, né? E o Luan, que é sucessor no meu caso, né, que tá aqui aprendendo para ver se ele sabe cozinhar também, porque um dia ele vai ter que fazer para mim esse prato aí. Tô achando que vai ficar só na moleza aqui não. Eu vou ficar aqui assistindo e tomando um vinho. Roberto, o que que te motivou ou o que que você tem de lembrança ou de história desses pratos que você vai fazer para nós hoje aqui, ó? a porqueta e o carreteiro. Que lembrança você tem disso? Da onde veio isso? Por quê? Verdade é porque é uma receita italiana e lá na na Itália o pessoal costuma fazer e cortar ela em fatias. O pão de lá, né? O aquele pão que é um pão diferente do nosso aqui. Aquele pão, eles colocam duas fatias de pão, uma de porqueta no meio e comem assim. Olha aqui a gente faz para eventos final de ano, ceia de Natal, isso eu tem uma saída boa, né? A gente faz para em casa, para amigos, né? E e o carreteiro te lembra alguma coisa da época que você foi abrir fazenda, que tinha que fazer? Na verdade, eu nunca fui assim tanto de carreteiro. É o risoto da mãe. É o risoto da mãe. É aquele molhadinho, né? Então a gente sempre fala o risoto da mãe que ah, eu acho ele, o carreteiro geralmente ele é mais seco nas tropas tudo é com charque a comida prática, fácil de fazer, de preparar tudo. A carne seca leva para qualquer lugar, arroz também. Então não é difícil de fazer, né? E o arroz, esse o arroz da mãe no caso, ele é ele é mais molhadinho, né? Então você aprendeu a fazer com quem? Mesmo com a mãe mesmo. Com a mãe mesmo. É por isso que já falo o arroz da mãe. A mesma coisa uma receita de suíno que eu faço que é o porco. Eu coloquei porco na mandioca. Mas que porco que é esse? Digo é porco na mandioca. Não tem um nome e a receita não faz a tua. A minha mesm. Alexandre, conta um pouquinho para nós aí sobre esse processo de sucessão, como é que você entrou no jogo e quais são as contribuições suas hoje pra fazenda, o que que você aprendeu com o teu pai, o que que você tá ensinando para ele, que a gente aprende com os filhos também. Na verdade, a gente aprende do que ensina, né? Mas primeiro passo eu fui fazer a faculdade, né, de de agronomia. Já fiz um pouco mais perto de casa, né, para para poder estar um pouco mais presente. E comecei efetivamente lá na na fazenda em 2013, né? Assim que você terminou a faculdade. Isso, assim que eu terminei a faculdade. Só que não sabia nada, né? Então é um passo um pouco lento, né? que a gente tem que que a gente tem que fazer, especialmente para adquirir a confiança, né, que a gente no futuro sempre almeja dar sequência no que no que a família começou, né? Só que a gente sabe também que não é fácil fazer a os pais, né, darem esse esse esse voto de confiança. Então, muita coisa a gente tem que fazer eh apostando que vai dar certo para poder mostrar para eles, né? Algumas coisas faz escondido também, né? Aham. Para ver se dá certo, se faz diferente, né? Para ter a validação e passar essa confiança que tá fazendo e sabe o que tá fazendo, né? Uhum. E as contribuições sua pra fazenda hoje, como é que hoje eu faço todo o planejamento de sacra, né, desde materiais de soja, ídolos de milho que vão ser plantados. Eh, faço a programação de adubação com visida, compra, venda. Essa parte mais comercial também, né? Ah, legal. E você, Marcelo, conta para nós aí quais foram seus desafios. para entrar na sucessão. Olha para mim as contribuições, as dificuldades. Roberto sempre deu deu liberdade total ou de vez em quando endureci o jogo? Se pro mais velho foi difícil, imagina pro mais novo. Eu tenho um irmão mais velho, um cara que chegou antes, já que já é mais de casa, digamos assim, né? pensando em trabalho entre nós ali, é o mais velho, se formou primeiro, teve ali as suas escolhas, teve seu posicionamento pelo meu pai na fazenda e eu, por saber que sou mais novo, vinha depois, né? Vem como que a gente se encaixava. Hoje eu tô responsável pela parte industrial da fazenda, controle dos armazéns. Nós somos eh multiplicadores de semente, né, para algumas empresas. E aí nós estamos lá na na UBS cuidando de todo setor de qualidade, fazendo cuidando de laboratório, fazendo os testes de germinação, Za, tudo aquilo que que caracteriza a qualidade do nosso produto. Aham. Então hoje lá dentro da fazenda a gente é bem divididozinho, cada um cuida de uma coisa. Quando tem que inflingir ou botar o dedinho em alguma coisa diferente ou do da área do próximo, a gente pede licença para que mantenha uma harmonia. Mas hoje a gente vê a fazenda trabalhando de um formato interessante nessa divisão que a gente teve. A gente teve muito exemplo de outros produtores, pessoal que teve sociedade separada, então a gente vem muito embasado nisso para que não se separe, né? Que tenha vida longa, se Deus abençoar. Então hoje a gente é dividido mais ou menos assim, a minha parte é toda industrial e o Alexandre é agronômico e o pai apita em tudo e cada um respeitando o espaço do outro. É, por mais que tenhamos algumas opiniões adversas, a gente dá a nossa opinião e dá licença, conforme é o setor de cada um, ele que toma decisão. A gente só dá opinião. E aí a gente vai tentando manter a harmonia do negócio, né? A governança estruturada, né? Exato. Que coisa boa assim que funciona, mais grossa. E o Roberto, Roberto, como é que foi para você ah preparar esses sucessores e colocar eles para dentro do negócio? Teve muita dificuldade? Não, dificuldade, dificuldade não, porque a gente assim, elas às vezes reclamam que eu fui meio duro, né, assim, tá, mas duro. Meu pai foi duro. É, e muito. Faz parte do jogo. Os três primeiros. Daí tinha uma irmã, depois mais três. Então, quando a gente começou tomar conta lá também, porque o meu pai ele é uma pessoa que não teve estudo deficiência visual desde jovem e assim não teve posses, ele nunca dirigiu, ele assim analfabeto, né? Então tinha essa dificuldade, né? mas conseguiu criar os filhos todos, cada um é independente, tem seu negócio, mas ele foi duro, né? O que ele falava sempre e assim a gente levou a sério muito, né? Sempre falava que é dos outros, é dos outros. Vocês trabalham para ter as coisas de vocês. É isso aí, Amanda. Eh, obrigado por você ter aceito o convite da gente também para fazer essa sobremesa maravilhosa, que tá todo mundo com água na boca aí, esperando a tua sobremesa. Ah, no processo de sucessão, como é que tá? Em que fase tá isso? Que que você já tá se interando da fazenda ou não dá tempo em função da faculdade? Como é que você tá lidando com isso? E como é que tá sendo a tua introdução na operação? Quais são as oportunidades que seu pai tá te dando? Eh, quais são as dificuldades e as coisas boas que você tá enxergando disso? Sim. Bom, a o processo de sucessão, eu acho que ele começou muito antes de eu entrar na faculdade. Então, desde que eu era criança, eu já cresci no campo. E quando você cresce no campo, é, fica muito mais fácil você entender o que que acontece ali. Então, assim, eu lembro deu, criança, com 4 anos de idade, ele me ensinando o que que era um cotiledon da soja. E aí hoje, 20 anos depois, chegar na faculdade e ter um professor me explicando a mesma coisa, é como voltar a uma lembrança de infância. E aí esse processo da sucessão, ele acontece de maneira gradual. Então hoje, apesar de morar em casa, eu faço faculdade em outra cidade, o que toma bastante tempo. Mas apesar da rotina, dos estudos, eu tento sempre estar presente em tudo que acontece por lá. Aham. Que coisa boa. E qual é que a tua expectativa? Terminando a faculdade, já vai para dentro da fazenda ou vai fazer o estágio fora para pegar alguma experiência? Qual que que você tá pensando? Na verdade, essa é uma boa pergunta, porque eu já considerei todos os campos, né? Todas as possibilidades, bem, mas a princípio eu considero sim ter uma experiência fora, claro, para agregar e voltar à raízes. Isso é bom. Isso é bom. Acho que vai ser muito importante. Eu acho bom. Isso é uma é uma é um processo legal. OK. Eu quero ouvir agora a história do meu sucessor Luan, que tá 6, 7 anos vai fazer de empresa agora em janeiro. Agrônomo, formado na mesma faculdade que eu, né, Luan? Eh, eu gostaria de ouvir tua história, infância, porque fez agronomia, porque escolheu área de serviço, quais são as suas expectativas, como é que você tá sentindo esse teu a tua evolução dentro da empresa? É, comigo foi um pouco diferente, né? Mas assim como os demais, eu também tive bastante exemplo dentro de casa. E aos 14 anos a gente começou a fazer alguns cursos, né? Eh, toda a família, né, começou a fazer alguns cursos de liderança, gestão financeiro, gestão de conflitos, né, tudo voltado para paraa gestão do negócio. E quando chegou na minha época de escolher qual faculdade eu seguiria, né, eu fiquei em dúvida entre eh as administração e engenharia agronômica, né, e eu pedi a opinião do meu pai, né, para escutar um pouco qual que era a visão dele sobre isso. E ele me trouxe a seguinte frase que acabou sendo o meu fator decisório, né, que que um administrador pode, um agrônomo pode trabalhar como administrador, mas o o administrador não pode trabalhar como agrônomo, né? Então, naquele momento, eu entendi que o leque da agronomia ele era bastante amplo, né? Então, eu falei, bom, vou seguir a agronomia, né? Então eu passei em Abuticaba a mesma faculdade que meu pai fez há 45 anos atrás. E e desde então, desde o meu segundo ano de faculdade, eu sempre fiz estágio com máquinas, né? Fiz em outros grupos, né? Outros concessionários de onard no Brasil. E me identifiquei muito já com máquinas logo no segundo ano de faculdade. E quando eu me formei, eu entrei para dentro da AC e passei por um processo de trenir. Então tive oportunidade de passar por todos os departamentos da empresa, né? Desde a parte backoffice, né? Contabilidade, TI, financeiro, marketing, né? até a parte comercial da empresa, né, que é o comércio de máquinas, peças, serviços, na agricultura de precisão ainda tava em desenvolvimento e também passei por todas as filiais da empresa, né? Morei um pouco em cada uma, né? Um mês e meio, mais ou menos, um mês. E nesse final, no final desse um ano, eu pude escolher qual departamento eu mais me identificava, né? E e o curioso é que em todos os estágios que eu fiz, né? Sempre foi voltado pro comercial de máquinas, né? Venda de máquinas, né? nunca pros demais das demais áreas comerciais, né, na verdade, o pós-venda da empresa, né? Aí quando eu entrei na Astra, eu sempre escutava, né, eh, que o departamento de serviço era o patinho feio, né, que era o mal necessário, né? E eu queria entender por que era o mal necessário, por que era o patinho feito, por que, né, na minha visão, poucas pessoas entendiam muito bem como é que funcionava, né, e acabava ficando, né, e eh não era muito foco, era uma área que dava prejuízo, era uma área que dava prejuízo, né, na na empresa, né? Então, eh, mas naquele momento eu também entendi a importância do departamento, né? e eh é o departamento que fideliza o cliente, né, que garante uma segunda compra, né, o cliente tem que ter uma boa experiência dentro da empresa, né, né? Você pode até vender uma máquina bom, um produto bom para ele, mas se ele não for bem atendido, né, possivelmente ele não vai voltar mais e ainda vai falar mal pro vizinho. É, então é, eu entendi a importância do departamento e segui. Então tô desde desde o meu primeiro ano de empresa, segundo departamento de serviço, né? Hoje tô como gerente corporativo de serviço, né? É até engraçado, ter um uma vez que eu tava numa filial, eu tinha um cliente lá e me apresentaram, né, como gerente corporativo de serviços, né, e e sucessor. E aí o cliente olhou para mim, falou: “Mas que que você fez de errado?” Nãoé porque nunca foi o queridinho de todo mundo departamento de serviços, né? Já hoje é a menina dos olhos, né? A empresa inteira tá focada em pós-venda hoje, que é a fidelização do cliente. Então, acho que eu fiz uma ótima exposa. Posso acrescentar também aí, Lu? nessa questão do pós-venda, né, Luiz? Eh, isso vem de de encontro a um dos slogan do fundador da empresa John Dirk, que é jamais colocarei meu nome num produto que tenha em si o melhor que é em mim. Exato. Esse daí foi um dos uma das frases que ele eh falou para um amigo dele quando ele viu a tamanha dificuldade que era na época de se moldar os primeiros arados, né? Os primeiros arados que foram moldados de madeira com eh talhadeira, ferragem, né, e tal, de maneira artesanal, né? E aí ele é uma frase que direciona John até hoje, né? até hoje é um é um é um marco, uma consistência que tem nessa questão de qualidade, de de literalmente ter um produto de qualidade, de enfim, você é uma empresa que tá quase com 190 anos e o mesmo nome, nunca mudou e continua focada muito. Hoje a João é uma empresa mais que não é mais venda de ferro. não vende ferro mais. Hoje é uma empresa de tecnologia, focada em tecnologia, né? Na realidade, o ferro serve para levar a tecnologia, mas ela tá muito focada em tecnologia, cada vez mais desenvolvendo produtos que demanda cada vez menos a interferência do operador no negócio. Então, acho que isso é muito importante. Eu acho que essa área de pós-venda é fundamental pro negócio. Nós estamos focado nisso. Acho que venda de máquina, é o que o Luan falou, venda de máquina, você vem a primeira máquina, o cara pode até vender, o vendedor de máquina pode vender, mas a segunda máquina quem vende é o pós-venda, não adianta. Exatamente. Exatamente. É isso aí. A gente como cuidado de vê se rala bastante que eu tô querendo aposentar, então você tem que cuidar desse negócio aqui. OK. Agora a gente já recheou com legumes pré-refogado e a gente vai fazer agora, vai fechar ele para pôr essa [Música] ver aqui o seu Roberto Choqueta. Marcele e Alexandre acompanhando a produção da do arroz carreteiro e da porqueta, que é uma comida italiana. Ah, agora eu gostaria de chamar aqui como representante feminina do agro a a Amanda, porque a gente percebe assim, o agronegócio tá sofrendo uma transformação gigantesca e a gente vê uma participação cada vez maior da mulher no agronegócio. Então, a Amanda está aqui hoje representando as mulheres do agro para fazer pra gente uma sobremesa maravilhosa. Obrigada, seu Luiz. Para nós é uma grande honra participar desse evento em comemoração de um dia tão importante. E para cozinhar junto comigo, eu gostaria de chamar alguém que é muito importante na minha vida, que é o meu pai. Muito bem, Amanda. Vamos lá. Vamos participar então desse evento, né? Uhum. Chefe Aster, né? Sim. Bom, o prato escolhido para nós apresentarmos para vocês hoje é uma sobremesa que existe há muitos anos na nossa família e é uma torta de maçã. Essa torta de maçã existe há muitos anos na nossa família. Desde quando a gente morava na fazenda e eu ainda era muito pequena, a minha mãe já fazia ela pra gente todos os sábados e a gente ficava ansiosos, todos ficávamos muito ansiosos esperando que esse prato fosse preparado. E hoje é com muito orgulho que a gente faça essa receita de antes. Maravilha. Coisa boa. Tenho certeza que vai ficar maravilhosa. Muito obrigada. Então vamos lá. Pai mão na massa. Massa. Que que eu faço para te ajudar? Bom, para me ajudar, você pode começar descascando as maçãs. Então, aqui estão. Você vai descascar elas e aí eu vou cortando. [Música] Aqui a gente tem uma bacia com água que eu vou colocar nela umas gotinhas desse limão siciliano para que a nossa maçã ela não fique escura. Aqui espremendo o limão que vai ajudar. a nosso nosso recheio ficar ainda mais saboroso. Qualquer coisa pode me falar, pai. [Música] Esse eu consigo. Então aqui a gente já tem as 10 maçãs cortadas e aqui eu vou adicionar uma xícara e meia de açúcar. Aí a gente vai deixar isso aqui cozinhando bem aos pouquinhos para esse açúcar caramelizar por em torno assim de uns 15, 20 minutinhos. Para começar essa massa, a gente vai colocar a farinha, duas colheres de açúcar, uma pitadinha de sal e misturar muito bem. Em seguida, a gente coloca a manteiga bem gelada, cortada em pubinhos. E a gente vai misturar aqui ela para formar como se fosse uma farofinha. [Música] [Música] Agora que a nossa sobremesa está pronta, é hora de fechar a noite com muito sabor. [Música] Então, queria chamar aqui cada participante do nosso jantar, almojanta, né? [Música] Agora vamos experimentar as delícias que foram feitas aqui hoje, que é o arroz carreteiro, a porqueta e a torta de maçã. Ok. Eu gostaria agora, antes da gente deliciar esses pratos maravilhosos, pedir pra Rosane que ela dê um depoimento dela em relação à importância da família, a importância do alimento na mesa do da dos brasileiros e a contribuição do produtor rural para que isso aconteça. A família é muito importante e principalmente a produção rural, né, hoje em dia no Brasil, ela é, eu acho que é o que segura a nossa economia. E o produtor rural, ele é um guerreiro. Eu costumo dizer que meu esposo é um guerreiro no campo, é um lutador que está produzindo a comida para a cidade. Então sou muito grata a Deus, primeiramente pela família que me deu e penso assim que sempre vale a pena. Valeu a pena tudo que nós buscamos lá atrás, um sonho meu e do Sandro. Ainda temos muitas coisas para ver juntos. Maravilha. Obrigado pelo depoimento, Rosane. Eu queria puxar agora um brinde. Um brinde à família, um brinde ao campo e aos sabores que unem gerações. Obrigado pela participação de todos. Viva! Viva! [Música]